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SOBRE

Paloma Bosquê, Olafur Eliasson, Laura Vinci (chão) e Luis Tomasello, Foto: Carolina Lacaz
Paloma Bosquê, Olafur Eliasson, Laura Vinci (chão) e Luis Tomasello, Foto: Carolina Lacaz

KURA, do alemão Kuratorium, significa “curadoria”.

Fundada em 2018 por Camila Yunes Guarita, a KURA é uma empresa de consultoria que tem como missão aprofundar a conexão de pessoas e empresas com a Arte, orientando na aquisição e venda de obras de arte, além de trabalhar na gestão de coleções particulares e institucionais e na criação de projetos e experiências únicas neste universo. 

Através de uma equipe especializada e multidisciplinar e uma rede de parceiros que incluem os principais agentes do mercado (artistas, galerias, casas de leilões, feiras, museus e instituições), a KURA atua com transparência e profissionalismo atendendo seus clientes de forma personalizada.

Camila Yunes Guarita
Camila Yunes Guarita

Camila Yunes Guarita

Camila é fundadora e diretora geral da KURA. É formada em Arquitetura pelo Mackenzie e pela École Nationale d’Architecture Paris Val de Seine. Especializou-se na Sotheby’s em Contemporary Art and Its Market, How the Art World Works e Foundations in History of Art. Trabalhou com Sales & Liaisons na Galleria Continua e na Galeria Nara Roesler, além de produção na Galeria Aveline. De 2015 a 2018 foi co-fundadora GoART Art Advising. É VIP Representative das feiras ARCO Madrid e Lisboa e editora de Arte da revista Numéro Brasil.

Alicja Kwade © Julia Thompson
Alicja Kwade © Julia Thompson

A KURA é pioneira no serviço de Consultoria de Arte (Art Advisory) no Brasil. Por meio de uma equipe multidisciplinar com expertise de mercado, orientamos interessados em Arte e colecionadores na aquisição de obras. Zelando pelos interesses do cliente, atuamos como um intermediário entre o colecionador e os demais agentes de mercado como galerias de mercado primário e secundário, casas de leilão, artistas e outras coleções particulares.

Atuamos em todas as etapas do processo de aquisição de obras de Arte, oferecendo um serviço personalizado de pesquisa e seleção de obras de acordo com o perfil e os interesses de seus clientes; além de facilitar toda a logística de pré e pós venda, seja nacional ou internacional. 

Etapas: análise do perfil do cliente, seleção, captação, negociação, pré-venda, logística e pós-venda.

+ Experiências exclusivas e relacionamento: acesso aos eventos exclusivos do calendário nacional e internacional de arte, incluindo pré-abertura das principais exposições, feiras e eventos; visitas a coleções particulares, ateliês de artistas e acervos institucionais, além de programas de imersão cultural em destinos nacionais e internacionais.

© Opoente
© Opoente

A gestão de coleções atua na identificação e na preservação do valor cultural e financeiro de acervos particulares e institucionais, oferecendo serviços que garantem ao colecionador informação, transparência e segurança no gerenciamento de suas obras.

Por meio da expertise de uma equipe multidisciplinar e através de um cuidado contínuo, monitoramos oportunidades e assessoramos o colecionador ou a instituição em decisões estratégicas sobre seu patrimônio.  

Serviços:

/ Catalogação

/ Gerenciamento e Supervisão 

/ Livro de coleções

/ Avaliação e estratégias de mercado

A KURA desenvolve projetos e ativações de Arte customizadas para marcas e empresas de diferentes segmentos que buscam aprofundar o relacionamento com seus clientes. Ao entregar valor através de experiências estimulantes no universo da Arte, nossos projetos visam reforçar o posicionamento e consolidação de marcas, além da expansão e fidelização do público. ‎‎‎ Nosso trabalho inicia com a consultoria para elaboração de uma ação ou conjunto de ações pensados especialmente para o parceiro e de acordo com o público-alvo. ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎‎‎‎ㅤ‎‎‎‎‎ Serviços: Consultoria para projetos e ações; colaborações com artistas (produtos, obras comissionadas), curadoria e produção de exposições; visitas exclusivas em estúdio de artistas, museus, galerias e feiras; viagens de Arte nacionais e internacionais com roteiro e acompanhamento da KURA; cursos de Arte.

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EDITORIAL

biarritzzz
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biarritzzz
Entrevista

biarritzzz

Thais Teotonio
01.fev.21

[TT]
Começando pelo começo, como surgiu o nome biarritzzz e como ele se relaciona com biahits e B.I.A?

[B]
Meu nome é dado por uma professora de português do ensino fundamental. Ao fazer a chamada, Moniquinha lia os nomes e, chegando no meu, em vez de “Beatriz”, sempre soltava um divertido “biarritz!”. Eu achava engraçado e um dia perguntei o que era isso. Ela me disse que era uma praia na frança. só com 18 anos comecei a usá-lo artisticamente, e desde então me identifico como biarritzzz: com três z’s, imitando uma sonoridade de um choque, ou a visualidade de um raio. Desde alguns anos, porém, passei a utilizar também biahits, que em nossa língua tem a mesma sonoridade.

Isso porque em 2019 percebo que esse seria meu alter ego para trabalhos sonoro-musicais, a partir da produção de Pátria – biahits feat. Vampiras Veganas (2019), um brega-funk e videoclipe que satiriza situações políticas, que faço com imagens apropriadas da apresentação que fizemos ao vivo num colóquio de filosofia na USP, somadas a linguagem de memes e de produções amadoras de youtube, cultura que visualmente hoje permeia produções presentes em vários outros meios.

Em 2020, quando Diane Lima me convida para sua curadoria Os Dias Antes da Quebra, para a Pivô Satélite, compartilho com ela a produção independente de um álbum que estava em processo com meu companheiro Henrique Falcão (até então só existiam 10 letras escritas num caderno e um beat no meio do caminho). então lançamos o biahits – EU NÃO SOU AFROFUTURISTA (2020), um álbum sonoro-visual web-specific interativo, de 10 músicas e GIFs, com desenvolvimento web próprio (por Pato Marques), e cujas faixas também circulam individualmente nas plataformas de streaming.

Uma dessas faixas se tornou o primeiro single do álbum, a B.I.A – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, por ter ganhado um videoclipe. O clipe foi feito através de financiamento do Instituto Moreira Salles, a partir do convite de Heloisa Espada no IMS Convida. Foram dois trabalhos financiados ao mesmo tempo, e pela primeira vez em toda minha carreira.

Em B.I.A. – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, assino como B.I.A., a personagem que desenvolvo ao me apropriar da M.I.A., cantora londrino-sri-lankesa (Tamil) que originalmente compôs a música XXXO, a qual satirizo e faço uma releitura, assim como do videoclipe homônimo, de 2010.

Still do videoclipe M.I.A. – XXXO, 2010
Still do videoclipe M.I.A. – XXXO, 2010

[TT]
Você prevê uma continuidade na criação dessas identidades?

[B]
Brincar com diferentes personagens tem sido uma solução muito fértil para lidar com o mundo das imagens, da apropriação e do remix no qual estou (ou estamos todes?) inserida. É uma maneira de brincar com o meu corpo, muitas vezes num auto-deboche, e que às vezes vira um deboche à indústria musical, aos circuitos que tendem a definir exatamente com que tipo de linguagem você está lidando (corpo = performance? teatro = teatralidade?), e à própria cultura midiática e suas políticas. posso dizer que nesse lugar de brincar com a autoimagem o trabalho do Samuel Fosso é uma referência que me toca profundamente.

Atualmente tenho trabalhado com outra personagem, A Desencantada, uma cantora de brega-forró-sertanejo que usa uma peruca rosa e é desiludida com esse mundo. penso também em outras personagens, mas estas são ainda embrionárias demais pra falar aqui.

Still do videoclipe B.I.A. – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, 2020
Still do videoclipe B.I.A. – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, 2020

[TT]
Em nossa conversa, você comentou sobre a ideia de resgate e sequestro, conte um pouco mais sobre esses termos e como eles influenciam a sua produção.

[B]
Vivo uma intensa necessidade de resgate a partir do registro do sequestro, registro que está entranhado em tudo que sinto. O sequestro espiritual, o sequestro territorial, o sequestro mental. Esse trabalho (EU NÃO SOU AFROFUTURISTA) é um resgate das histórias de minha avó, sobre minha bisa, sobre minha tataravó, e sobre ela mesma, em Miraíma, Ceará. é também sobre o legado de meu avô, um grande artista que viveu nessa terra e no Poço da Onça, também Ceará. Está em meus pés e mãos e em todo o meu corpo a volta, não para estar lá, mas para saber um pouco do tudo que se perdeu. Isso está nos elementos da capa, com simbologias que representam essas histórias, registros orais dos mundos que (dizem) não existem mais, do céu que já caiu.

[TT]
Comentamos um pouco, também, sobre a ideia de hackeamento dentro do contexto da produção artística nos meios virtuais. Apropriação é uma palavra que também surge nesse momento. Como você vê esse cenário e como esses termos chegam para você no seu trabalho?

[B]
A problemática da dominação algorítmica é uma questão que reflete os sistemas nos quais estamos inserides durante toda a modernidade. O moderno, o colonial e a escravidão como sistema econômico são sinônimos, e estruturas que habitam todos esses códigos, digitais ou não, invisíveis, virtuais, nas redes e fora delas. Hackear os códigos é uma metáfora e uma necessidade. tento deslizar eixos, confundir linguagens, desaprender muita coisa. Por isso nos fortalecemos sabendo que não fazemos nada sozinhes. essa tem sido uma prática constante.

Still do videoclipe B.I.A. – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, 2020
Still do videoclipe B.I.A. – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, 2020

[TT]
Pensando em todo o polo comercial e artístico que gira em torno do sudeste, como você enxerga a influência de Recife, ou do nordeste, no seu trabalho?

[B]
É difícil pensar como não seria essa influência tendo em vista que é onde vivo, o que vejo, o que respiro. Pra mim é muito importante toda a cena cultural de Pernambuco. A cultura popular, a espiritualidade são definitivamente o que me mantém viva não só de corpo mas de sonhos. Sou constantemente associada às máquinas por conta do meu trabalho cujas ferramentas são digitais. Mas tento sempre dizer que o digital é humano, territorial, geográfico, ético ou não, e tudo o mais de humano uma vez que é este elemento que está por trás das máquinas e códigos, e não o inverso. Acredito que a cultura brincante, tanto daqui quanto do Ceará, de onde vem minha família e parentes brincantes (hoje já falecidos), está presente no meu fazer até onde não reconheço. Para além da cultura popular, a cultura musical contemporânea do brega, brega funk, tecnobrega, tecnomelody é a trilha sonora e ambiente que move os corpos aqui e consequentemente o meu também. A dança, o corpo e a música sempre me rodearam uma vez que minha prática como VJ nesses ambientes é o ponto onde desenvolvi quase toda a vivência visual que é refletida nos outros trabalhos também.

Still do videoclipe M.I.A. – XXXO, 2010
Still do videoclipe M.I.A. – XXXO, 2010

[TT]
Talvez principalmente, como você se enxerga enquanto um corpo dissidente no meio artístico nacional?

[B]
Eu não enxergo. Meu corpo está em vários lugares e o pouco de inserção que ele tem ainda é muito pouco. Meu corpo não é só meu. quantos Siarás, Potyguaras, Parás, Amazonas cabem numa galeria, museu ou festival de música? pessoas que migram para o sudeste e ocupam espaços não diminuem o conforto que é inserir apenas quem está mais perto. Nesse sentido, eu ainda não enxergo quase ninguém.

Still do videoclipe B.I.A. – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, 2020
Still do videoclipe B.I.A. – EX@ feat. Mun Há e Deize Tigrona, 2020
M.I.A. XXXO, Official Music Video, Quadro 002
M.I.A. XXXO, Official Music Video, Quadro 002

[TT]
Se você pudesse saltar no tempo e encontrar com você mesma daqui cinco anos, como você imagina essa outra versão de si própria e o que você acha que seu eu do futuro diria para você mesma?

[B]
Eu tento saltar pra lá e pra cá o tempo todo dentro desse tempo espiralado que vivo. Ontem, hoje e amanhã são menos distantes do que imaginamos. Eu digo que acredito nos meus sonhos, sei que eles não são só meus, e tento fazer com que quem está perto ou longe de mim também acredite. Sonho é conexão de tempos. É uma tecnologia. É uma ferramenta política.

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